quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Descoberta das Supernovas

Dr. Fritz Zwicky foi um astrônomo suíço que fez, nos Estados Unidos, descobertas marcantes nos grandes observatórios contruídos na Califórnia por George Hale. Zwick foi o primeiro astrônomo a levantar a hipótese da "Matéria Escura", mas fez outras importantes contribuições para a astrofísica. Uma delas em parceria com outro imigrante europeu, o alemão Walter Baade. Baade trabalhou no observatório de Hamburgo até 1929, quando ganhou uma bolsa do Observatório de Monte Wilson, onde estava o maior telescópio do mundo na época: o grande refletor Hook, de 2,5m de diâmetro.
Juntos, Zwicky e Baade, resolveram investigar um mistério que intrigava os astrônomos há meio século: em 1885, uma estrela até então desconhecida apareceu na Galáxia de Andrômeda, que na época os astrônomos pensavam ser uma grande nebulos espiral. Naquele tempo, não se compreendia esse tipo de fenômeno, que parecia se tratar de uma nova estrela. Por isso, esta aparição foi classificada como uma "Nova". Nos anos seguintes, várias outras "Novas" foram observadas em Andrômeda, mas nenhuma tão brilhante como aquela de 1885. Quando Edwin Hubble conseguiu calcular a distância até Andrômeda, ficou evidente que a energia liberada naquele evento era gigantesca, bilhões de vezes a luminosidade do Sol. Por isso, era inconcebível imaginar qualquer estrela com uma luminosidade tão alta. Em 1934, Zwicky e Baade propuseram que a "Nova" de 1885 tinha resultado de uma explosão catastrófica de uma estrela muito massiva, uma "Supernova". Eles também fizeram a previsão de que esta explosão deixaria um "remanescente exótico": um objeto com a massa do sol compactado numa esfera de apenas 20 Km de diâmetro, que foi batizado de "Estrela de Neutrôns", cuja existência foi confirmada em 1967. Baade e Zwicky continuaram usando os telescópios californianos para catalogar supernovas em galáxias vizinhas, angariando centenas de descobertas nos anos seguintes. A pesquisa foi fundamental para consolidar a noção de que vivemos em um universo imenso e em expansão, no qual a Via Láctea é apenas uma dentre bilhões de galáxias.
Na foto, o Dr. Fritz Zwicky à esquerda, e o Dr. Walter Baade à direita.



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